Os unicórnios são startups avaliadas em mais de um bilhão de dólares, e são chamadas assim por serem raras de serem encontradas. Alguns exemplos deste tipo de empresas são a Farfetch, a Dropbox ou a SpaceX. Estas empresas são avaliadas com base nas suas oportunidades de mercado e no seu potencial de mercado, a longo prazo. O caso mais conhecido de uma startup unicórnio é o Facebook.

O avanço tecnológico tem permitido a entrada mais acessível dessas empresas nas áreas de atuação e, junto com a necessidade de mudanças em produtos e serviços, como por exemplo em indústrias financeiras (como a Nubank) e de transportes (como o Uber e a 99).

Para se chegar a ser um unicórnio, precisa-se avaliar o valor da startup no mercado, e essa avaliação é chamada de valuation.
Os investidores se baseiam no valuation para decidir se vale a pena o investimento ou não.
Pode-se fazer a avaliação por meio da quantificação dos seus ativos e passivos, procedimento intitulada de avaliação contábil ou patrimonial (asset based value). Também pode-se verificar quanto valem empresas semelhantes no mercado, metodologia denominada de avaliação por múltiplos ou valor de mercado (relative valuation). Por fim, outra metodologia muito utilizada é a projeção das receitas futuras da startup com a aplicação de uma taxa de desconto para então calcular o valor presente do resultado obtido, denominada de fluxo de caixa descontado (discounted cash flow).

No Brasil, o ano de 2018 começou super bem para as startups: em janeiro, a 99 foi o primeiro unicórnio brasileiro, após ser comprada pela empresa chinesa de transportes Didi Chuxing. Ainda em janeiro, A PagSeguro, empresa de meios de pagamento do grupo UOL, fez seu IPO (da sigla Initial Public Offering) e já é considerado o maior recente de uma companhia de tecnologia brasileira na Bolsa de Nova York (NYSE). A oferta superou as expectativas e movimentou US$ 2,3 bilhões, com o lançamento de todo o lote principal de ações e dos lotes suplementar e adicional. Com essa valorização, a PagSeguro pode ser considerada o 2º unicórnio brasileiro, mesmo muitos não considerarem a empresa como uma startup.

Agora em março, tivemos mais uma startup brasileira que já estava nas previsões de especialistas no assunto a ter o potencial para ser avaliada em um bilhão de dólares: o Nubank, que alcançou o podium de 3º unicórnio brasileiro.
Conhecida por seu cartão de crédito e toda a sua identidade visual da cor roxa, o Nubank levantou US$ 150 milhões, na sexta rodada de investimentos desde sua fundação, em 2013. O aporte foi liderado pelo fundo DST Global, do megainvestidor russo Yuri Milner.

Especialistas indicam que mais startups brasileiras podem se tornar unicórnios em curto prazo, a intuição está para estas empresas:

– Ebanx, que oferece uma solução para quem não tem cartão internacional e quer fazer compras em sites e aplicativos de fora do Brasil;
– Movile, dona de aplicativos, como o iFood e o PlayKids;
– Viva Real, do setor imobiliário e acaba de anunciar sua fusão com o ZAP;
– GuiaBolso, fintech que ajuda brasileiros a controlarem o orçamento: os usuários podem ver suas receitas e despesas categorizadas e planejarem melhor sua vida financeira.

Quer se tornar um unicórnio também? Mas cuidado! Veja aqui 22 atitudes que podem destruir a sua startup!